quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Eu te amo
Eu quero te beijar,apertar suas bochechas
Depois mordo sua língua,provo do teu sangue
O qual preenche meu vazio
Você fica com raiva e me esbofeteia no rosto
Provo da tua cólera,a qual preenche meu vazio
Você está triste e cabisbaixa
Abraço-te,aconchego-te
Enquanto bebo de suas lágrimas
As quais preenchem meu vazio
Vejo-te enroscada,como uma víbora
Sugando os lábios de outrém
Dar-te-ei uma amostra de minha decepção
Você debocha de mim e me humilha
Preenchendo meu vazioE
A língua arfa pra fora
Os olhos se reviram
O corpo se treme
Enquanto a corda sufoca

Preenchendo o meu vazio

sábado, 28 de outubro de 2017

Poder Impotente
O que fazer quando não há mais forças para se crer?
Fazendo-se acreditar que nem no suspiro há prazer?
Quando o amanhã é como um ciclo de metanol em chamas
Ardendo nas escamas que nomeamos de ego?
Afundam sob minha pele um afiado prego...

Afogo-me nesta fossa cheia de sangue e desespero
Em passos tortuosos percebo que cometo um exagero
Ando até a beira de um precipício com uma corda na mão
Olho para o céu,paro e penso "Será tudo em vão?"
A beirada se quebra,na queda a corda se prende ao pescoço
Mas que bela cena este fatídico destino fez de esboço...
Sua única chance de subir e alcançar a superfície
O sufoca a cada instante...seria fruto de sua esturdície?

domingo, 30 de julho de 2017

Adeus Adiantado
Aos poucos vou desaparecendo dentro de mim
Sufocado em nostalgia amarga disfarçada de cetim
Esse é o nosso para sempre e sempre
Congelado ao fundo de um choro suprimido

O sufoco em ódio se condensa
De qualquer forma,você me dispensa
Eternamente percorro este caminho estando crente
À espera de uma solução pro turbilhão em minha mente
Na formidável superação de tanta dor e aflição
Como pode ser possível
Aguentar dor indescritível?
Um pensamento me veio à mente
O que será de mim quando não tiver mais "a gente"?

sábado, 24 de junho de 2017

Suficientemente insuficiente

Não sou convincente o suficiente
Não converso o suficiente
Não sou presente o suficiente
Não sou suficiente o suficiente

Nada é suficiente para me alegrar
Tampouco para minha vida tirar
Transitando há tempo insuficiente
Para completar os objetivos
Esforços insuficientes
Resultam em suficientes decepções
As quais suficientemente preenchem a cota de frustração
O suficiente para elevar minha cólera
Que me sufoca o suficiente para agonizar
Embora insuficiente para me matar
Tal sensação é suficiente para manter este féu
E insuficiente para tornar-me réu
E ser condenado à felicidade
Não sou importante o suficiente
Para não ser ignorado e esquecido
E apenas eu sei o quanto tento
Para ser no mínimo suficiente a todos
E consegui não ser nada

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Na Tempestade
Cinzas não se inflamam novamente
Só queria um fim decente
O corte interno passa-se despercebido por quem não o sente
Parece-me tão inalcançável
Sufoca tanto que me deixa vulnerável

Não adianta cair em prantos neste lamento
Enquanto todo dia vivencio o mesmo tormento
O qual me cansa e me deixa sem nenhum alento
Jogo um raio em meu próprio navio
Para ter o prazer de me afogar no oceano frio
Afundando lentamente,rumo ao vazio
Assim todas minhas mazelas expio
Não tenho forças para falar e pedir
Pela eutanásia que me fará partir
Vejo essa tortura todos os dias
Enquanto as noites se tornam mais frias
Então me insulte
Me odeie
É isso que eu quero
É disso que preciso
Para continuar vivo

sábado, 15 de abril de 2017

Olá,mundo
Como vai?
Coisas florescendo com vida e radiante
Linda manhã de domingo
Um rio correndo com vida
Temperatura ambiente agradável

Pessoas felizes e sorrindo
O sol começa a ir embora
O que estava radiante agora se desbota
O rio se torna fétido e repugnante
Está ficando frio
As pessoas vão embora
Enquanto estou aqui
Bebendo desta água podre
Enquanto seres cadavéricos boiam nela
Observo a natureza morta e seca
A lua brilha prateada
Os galhos secos e mortos se quebram ao vento
Está muito frio
Todos já se foram
E só restou eu para presenciar isso

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Ecos
O corpo trêmulo evidencia
Que algo de errado ali havia
O sol já não brilhava mesmo sendo dia
As cores não eram tão vibrantes como as via

O tempo lhe prendia como uma corrente
Quando tentava seguir em frente
Pedaços caíam bem rente
Era uma chuva fluente
Um fardo que parecia ser pesado
Tornou-se pior ao olhar pro passado
Já não bastava estar todo machucado
Se trancou bem escondido com cadeado